JACAREACANGA
Carnaval sem superação
Não foi por falta de esforços que a comissão organizadora do Carnacaré 2011 de Jacareacanga não conseguiu superar os anos realizados na gestão do ex prefeito Carlos Veiga, quando o evento ganhou nome no Oeste Paraense. A começar pelo baile da Rainha das Rainhas realizado no Clube Emoções, que de bom, só mesmo a senhorita Elienai Araújo, que representando o Bloco Me Beija na Bôca, não deixou outra opção ao jurado escolhido pelos próprios blocos.
Tipificando nesse quesito, já se observou a desorganização e falta de noção carnavalesca da comissão, pois nunca na história de concursos se registrou avaliados escolherem seus avaliadores. Quanto ao restante, tudo muito sem graça, uma ornamentação sem nexo e com motivos pra lá de duvidosa.
Em seguida, foi a vez da passarela do samba, quando sem pré, se dá como desculpa as chuvas, como se quando o Carnacaré era sucesso, os foliões jacareacanguenses e os visistantes não se esbaldassem nos belos temporais e aproveitassem o evento.
Na apresentação dos blocos, faltou animação e claro, não contagiou o público presente. A comissão mais uma vez argumentou que não havia trazido o trio Elétrico de Itaituba por falta de recursos financeiros, contradizendo a máxima usada pelo governo petista de Raulien Queiróz, que propala que o FPM (Fundo de Participação dos Municípios) caiu em função da queda na sendo 2010, pois no mês de fevereiro foi locado nas contas da Prefeitura mais de dois milhões de reais. Sem o trio elétrico o brilho do Carnacaré foi abalado. Na escolha da Rainha Mirim a candidata do bloco Me Beija na Boca levou o título, com a docinho Taylana, que encantou a todos.
Nada de surpresas neste carnaval em Jacareacanga, nem mesmo o desaparecimento do prefeito Raulien Queiróz da quadra momesca, pois raramente o prefeito está no município, sempre em viajem à “serviço da municipalidade”. Para salvar o carnaval, somente o tradicional desfile de fantasias luxos, onde os carnavalescos mostram todas as suas criatividade e aptidões, uma tradição advinda dos bons tempos de carnaval em Jacareacanga.
Ao final, com um palco sem autoridades locais e um parco número de brincantes, que se esforçavam para manter a animação, o neófito secretário de educação Pedro Lúcio falou em nome do prefeito municipal e novamente prometeu utopias levando o público a ironizá-lo.
Para quem gosta de um bom carnaval em Jacareacanga, resta apenas esperar o tempo passar e torcer para que as coisas não piorem, pois no caminho das suspeições de desvios de recursos públicos, desmandos, perseguições político-partidária, ostracismo, abandono total no município e outras improbidades administrativas, apenas o semblante triste da população pode retratar o Carnacaré 2011. É o carnaval da política do pão e circo.
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