JACAREACANGA
Merenda escolar e livros didáticos são extraviados
Uma grande quantidade de merenda escolar e livros didáticos foram jogados na estrada. Nas margens da rodovia Transamazônica entre os municípios de Jacareacanga no Pará Apuí-AM, nas proximidades da ponte do rio Muiçuzinho vários foram encontrados jogados sem que ninguém soubesse quem teria cometido tal crime contra a sociedade que muitas vezes clama por maiores investimentos na educação.
Um cidadão de Jacareacanga que passava pelo local pode registrar algumas pessoas que buscavam aproveitar alguns alimentos que ainda se encontravam dentro de seu prazo de validade, sendo a maioria com a validade para o dia 19/03/2011 como mostra a foto no pacote de macarrão.
Além das pessoas que passavam pela rodovia, trabalhadores da empresa que faz reparo da Transamazônica também juntaram os produtos para consumirem antes que fossem estragados pela chuva a pelo sol. Produtos que foram desperdiçados pelo órgão que toma conta da merenda escolar e os livros que iam servir para os alunos deste ano 2011.
O cidadão que não quis se identificar, disse que passar pelo local, pelo aglomerado de gente, pensou tratar-se de um acidente, entretanto, ao verificar de perto do que se tratava, ficou indignado com o que viu e sem perder tempo, mesmo com a chuva que caia sobre o local, tirou varias fotos para comprovar o descaso com o dinheiro público.
“Enquanto várias comunidades sofrem com a falta de merenda escolar suficiente e falta de livros para os estudantes, alguém age de forma irresponsável jogando na margem da estrada produtos que estão fazendo falta a milhares de crianças em nosso país, e quem sabe até em nosso município.” Desabafou o cidadão jacareacanguense.
Enquanto os produtos do governo são jogados na margem da rodovia, de acordo com o que podemos apurar, a população de Jacareacanga sofre com o aumento dos preços de alimentos que vem crescendo ao longo dos anos, principalmente a carne bovina, que além de ser uma das mais caras do país, não sofre nenhum tipo de inspeção pelo órgão competente, já que a cidade que não tem frigorífico e nem mesmo um matadouro público.
Sem uma economia forte, Jacareacanga que sobrevive dos poucos salários dos servidores municipais, aposentados e pensionistas, ale dos beneficiários do Bolsa Família, salário maternidade e outros benefícios do governo federal, agora sofre com a demissão de quase 40% dos funcionários públicos, deixando a população ainda mais em desespero.
Esta semana nós conversamos com alguns comerciantes que afirmaram que a demissão dos funcionários em massa, representa um atraso para o crescimento da cidade. Outros moradores reclamam do serviço de infra-estrutura de péssima qualidade, que condena os munícipes a viverem cercados por lagoas que se formam com as chuvas que hoje caem sobre a cidade.
Os pequenos agricultores reclamam que não teem pra quem vender seus produtos que acabam se perdendo ainda mesmo na roça, deixando-os endividados junto aos comerciantes. Indignados com a situação muitos estão vendendo suas casas e propriedades por preço inferior ao mercado e indo embora do município. “O que esta acontecendo com nossa cidade?” Questiona o cidadão.